sábado, 7 de novembro de 2009

Inventando 'novos caminhos'


Ando cansada das tantas mesmas coisas
dos novos dias com tudo igual
ficando louca
numa loucura silenciosa
de uma apatia torturosa
Saio de mim a passos
a esmo
sem rumo
sem palavras
por qualquer caminho
em qualquer atalho
sofrendo
Invento na minha mente
uma outra história
nova jornada
novo endereço
puramente tola
iludida
Por onde eu ir
eu for
junto irão os problemas
minhas mesmices
minhas cenas...
( Álix Amanda )

Corpos


No meu corpo na minha pele
não existe nome muito menos sobrenome,
habita pudores
desejos
sonhos...

Tem um grande que de volúpia
um senso grande de sensualidade
nas curvas malicías
armadilhas
prendendo olhares.

Expressando todas evidências
de encaixe
de simetria exata
da equação precisa
do seu corpo aninhado ao meu.


( Álix Amanda )

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Maxuel


Não é rio, água ou mar,
não é canoa,barco,veleiro ou jangada,
não é gaivota,peixe,marolas,
não é azul, céu,coral,mariscos,
não é golfinho,cardume,rede,
pirata,navio,leme,
anzol,areia,marinheiro,
não é boto,âncora,fontes,
não é mar...
Mas é imensidão
imperfeição
mar de emoções
rio imprevisível
águas instáveis,
força absoluta no amar
expressão completa
inteiro
do canto das sereias
loiras e morenas
em seu poemar.
É o olhar malicioso
reticências todas,
minha influência assumida
de versejar,
escorpião scorpiano
do veneno de encantar,
profano homem
das entranhas
do mar.
( Álix Amanda )

domingo, 25 de outubro de 2009

Companhia



Ai dos meus ais
estou totalmente temperamental
procurando o sorriso no rosto que me alegra
no moço poeta
na poesia certa
nesse meu fuso estado frágil emocional.
Precisando do endereço do destino
de uma carona alegre bem falante
contagiante
para não me deixar a sós com os meus pensamentos
não der a chance de em lágrimas eu desistir
de mim mais uma vez.


( Álix Amanda )


sábado, 24 de outubro de 2009

Partes



Eu descobri em mim algumas partes indecentes
maldicentes
de voraz blasfêmias
de uma força bandida
malandra enlouquente
duma linha equatorial nascente da minha mente
expressa na curva da minha boca
num gosto suave de veneno

Uma malicía urbana
de toques impróprios
proibidos levianamente
lânguida de nenhum compromisso
de ser assoalho
toalha
cama
prazer

Partes mundanas
de ser á toa
versão kama sutra no traduzir da pele
na febre da atração
de ser completa complexa
definição

Na urgência da descoberta
expus na teoria e na pratica
em cima e por baixo
de lado
para ele todas essas minhas partes

De logo ele se assustou
se surpreendeu e viciou
desde então é ele que sempre
quer me desvendar...


( Álix Amanda )

Algumas verdades dispensam falsos brilhos


Palavra que eu não quería ser assim desmedida
na intolerância
na exigência
da transparência das pessoas
Tenho muito em mim de tola
muito do conceito do caráter
moldada nos princípios do bem e do mal
desconhecendo
as partes intermediárias
sofrendo
no tudo das meias verdades
das pessoas que se revestem de falsidade
Nasci então desinformada
usurpada
faltei ao chá do cinismo
ou nem avisada fui
Rotulada
de muita basica
retrô tradicional
de não saber ter jogo de cintura
de não ver o valor das banalidades
Virei a coitada no círculo das najas
daquelas que são maiorais
no engodo de serem as tudo
na realidade de ser nada.


( Álix Amanda )

Ele e sua certeza



Ele não sabe um pouco dessa mágica
do toque de fada
do inexistir
Ele desconhece as tantas que sou
as novecentas que me povoam
as todas que uterinamente em mim sangram
do meu lado bruxa
da alquimia
dos inumeros milagres do dia
que tenho de fazer
Ele só percebe a parte menina
que se gruda nos carinhos
que faz olhar de capricho de ingênua
fantasia
adornando a vida para dele o bem querer
Ele não imagina
que cultivo borboletas
nas roseiras do infinito
que pinto algumas horas em tons vermelhos
para desnortear a rotina
Ele sabe
com toda a certeza que sou de varias facetas
mas a ele todas de amor
em todas porcentagens verdadeiras
se depender de mim
pela vida inteira.


( Álix Amanda )

Amanhecer


Um novo dia
mais um na contagem do meu tempo
acumulando rotinas
nessa minha pacta vida de imoral acomodação
está trovejando
chuvas a caminhos
sol indiferente as nuvens
cheiro de mar
de pedaços de sonhos
de amanhecer
Não planejo nada
casa a limpar
compras a fazer
abastecer geladeira
me desligar de alguns problemas
matar de vez alguns porques
Novo dia
amanhecer
civilizada monotonia
desse sossegado meu viver.


( Álix Amanda )

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Turbilhões

E quem disse que não perco o juízo,não quebro o salto
não me atiro do penhasco
não me estatélo no chão
não quero fugir
sumir
sem dar satisfação
Que não almejo ganhar na lotería
ser milionária
viajar pelo mundo
fazer da vida eterna festa
em continuação
E quem escreveu que não choro
não cometo sandices
das maiores gafes ao pior mico
não me conhece então
E quem já testemunhou minhas crises
sabe que sou visceras
um destroçado coração que guarda segredos
se cala dolorido em sua aflição
Quem acha que sou segura
não viu no meu olhar tantas perguntas
sem respostas nenhumas
a sombra das minhas perdas
as fotos emolduradas dum mundo
que de mim já se foi
E se alguém também sabe do que escrevo
conhece de cor a dor em silêncio
duma alma em turbilhões.


( Álix Amanda )

Sonhar em ser 'poderosa'


Ainda sou a ovelha negra
rebeldia como filosofia
que me perco num belo exemplar
que fisga meu olhar
um par de pernas,coxas peludas musculosas
com um sorriso sórdido ordinário
convite para meus sonhos
Ainda me mantenho na linha da moderação
da recatada vergonha
só os meus pensamentos que são libertinos
quando vejo um bonito homem
Imagino que sou poderosa
que ele me quer
se excita em desejos
não me tira da cabeça
sou doida imaginando situações
mas não boba de admirar esculturas
vivas
perdição.


( Álix Amanda )


O amor


Eu bem que o quis
que o desejei muito
além de qualquer sonho
o cerquei nos olhares
me fiz presente em todas as maneiras
era como registro do meu destino
mal ele sabía da minha certeza
das horas todas em estratégia
das palavras,gestos e situações
que eu fazía por onde.
O amor era ele na minha vida
eu sentía
eu sabía
e quería
quis
quero
tenho
valeu a pena.


( Álix Amanda )

Fruto



Não sou fruta
metáfora
não sou fruta,metáfora,nem pecado
mas pecadora
de consciência consciente
dos acertos e erros
do bem e do mal
da sedução e atração
do vil e do vão
dos anjos e demônios
céu e terra
ódio e amor
branco e preto
mulher e homem.
Serpente que se enrosca
molda o brilho
superfatura o interesse
lança no mundo a ambição
eleva o preço dos corpos
dissimulada mulher
ardiloso homem
do barro a metáfora
fruto do pecado
filho de ambos.



( Álix Amanda )

Procurando forças


Minha angustia tem o peso
dos desatinos
horas insones
pesadelos despertos
murmurios dos horrores
agonia
Ando ha tempos desvairada
internamente perdida
destruída
numa sombra triste
dos dias
Tu me olhas e não notas
nem desconfia
que estou como um dragão do fogo
me matando
consumindo desespero
no chão sem autonomia
Reconstruir-me é o que me resta
ando procurando forças
no sorriso amarelo
nas lágrimas que assolam
como palavras da minha alma
que morre solitária e em silêncio...



( Álix Amanda )

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Musa


Te atreva sou impura
artigo de luxúria
mistificamente aquela que dobra sua rua
que seu olhar acompanha
que tua boca barganha
a de todas que você não quer manter distância.
Mas não sou sonho
sou parte real
nada de virtual
meramemente imprópria
objeto de suas secretas fantasias
aquela
que retém uma das inspirações
do seu poema.



( Álix Amanda )

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

O amor me desarma



Ando deprimida,perdida entre tantos pensamentos
um caos
das minhas inumeras calamidades
desespero
da minha sempre impulsividade...


Embaraçada
desnorteada por algumas emoções
sensações...


Eu própria perco terreno
no estratagema de ser diferente
mais segura
menos possessiva
mais indiferente
aparentar ser fria...


Mas nas razões do amor
perco o controle
por ser detalhista
imediatista
enquanto que ele o homem que amo
é silêncio
introspectivo
de uma solidez densa de sentimentos
mora em si
propietário absoluto dele próprio...


E eu tenho fascinío
corro todos os riscos
me judio
me moldo e me recrio...



( Álix Amanda )

Infantilidade adulta


Palavra que tem dias que me amaldiçoô por ser adulta
essa coisa doida meia insana
cheia de compromissos
de responsabildades
das cobranças por todas as partes
do tempo já não ser mais tão comprido
de ao invés das tranças e tiques taques
ser escova e progressiva
de não caber mais fazer birra
ficar amuada
e colocar todas as culpas
em outra menina.
Palavra que eu devia ser a mais insana
quando criança
das crianças
de nas minhas teimosias e
birrices
chorava e esperneava
para ser adulta.
( Álix Amanda )

Nem sempre


Nem sempre tudo é festa,tranquilidade,
nem sempre a maquiagem é correta
disfarce
nem sempre os dias são anil,
pilantragem.
Nem sempre as palavras são amigáveis
e as pessoas cordiais
nem sempre o mundo é equilibrio
linhas de riscos
paralelas
verticais
horizontais...
Nem sempre estamos de bom humor
ou de bem com o amor
estress é doença emocional
e o sorriso dizem ser a cura.
Bom sorrir com sinceridade
ter sempre motivos para felicidade.


( Álix Amanda )

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Livre liberdade


Tem dias que sou a própria liberdade
a ousadia de ser infinito
horizontes...
De não ser dores
defeitos
vaidades
futilidades
caprichos
manias
supertições
horários
compromissos
perguntas
duvidas
respostas,
são dias que ao me olhar
verás apenas silêncios
apenas eu na dimensão
das asas
da liberdade.


( Álix Amanda )